Confira uma lista de atrações turísticas, históricas e dicas importantes que você deve saber antes de conhecer a fronteira
Conhecida pela riqueza histórica, cultural e natural, a fronteira Brasil-Bolívia é um destino escolhido por turistas de todo o país e mundo para viagens em família, amigos ou sozinho.
São mais de 3.400 km de fronteira com diversas opções turísticas para todas as idades. Uma das atrações mais buscadas por turistas no local é a natureza e cultura exclusiva pantaneira, na cidade de Corumbá, que faz divisa com a Bolívia. Outra atividade é a visita ao maior deserto de sal do mundo, localizado na Bolívia, o Salar de Uyuni.
Caso você pense em fazer essa viagem ou não tenha pensado, mas esteja em busca de um destino inesquecível, confira algumas dicas importantes antes de cruzar a fronteira e como aproveitar essa viagem ao máximo!
Um pouco de história
Durante os séculos XVIII e XIX, no período colonial, a fronteira entre Brasil e Bolívia era controlada por espanhóis, já que fazia parte do Vice-Reino do Peru. Os europeus costumavam explorar a natureza local em busca de prata e outros materiais preciosos.
Em 1824, a fronteira foi definida pelo Tratado de Ayacucho, assinado por forças sul-americanas e o vice-rei do Peru, que até então dominava o local. Já em 1825, a Bolívia declarou oficialmente sua independência.
Todavia, foi em 1870, após o fim da Guerra do Paraguai, que a fronteira Brasil-Bolívia se estabeleceu por completo. Durante a guerra, os dois países estavam do lado oposto do conflito, já que o Brasil estava unido à Argentina e o Uruguai, e a Bolívia era aliada ao Paraguai.
Na época, o Paraguai ameaçava a segurança Mato-Grossense, mas especificamente onde fica a cidade de Corumbá. Assim, o Tratado de La Paz foi oficialmente assinado, fortalecendo a fronteira ao longo do Rio Paraguai.
Após o tratado, a fronteira se tornou uma região voltada para trocas comerciais, como a exportação de gás e petróleo por brasileiros na Bolívia, e fornecimento de estanho, cobre e outros minerais importantes às terras pantaneiras e brasileiras.
Atualmente, as autoridades dos dois países unem forças para combater o crime na região. Entretanto, a história e o cenário atual da fronteira Brasil-Bolívia é marcado por trocas culturais, sendo um destino frequentemente escolhido entre turistas, por proporcionar experiências muito diversas e exclusivas do local.
Como cruzar a fronteira Brasil-Bolívia
É possível cruzar a fronteira entre Brasil e Bolívia de várias maneiras. As opções mais comuns são: de barco, avião e carro.
Se você escolher cruzar a fronteira de carro, moto ou ônibus, vale saber que existem várias rotas que fazem conexão entre Brasil e Bolívia. Turistas e moradores geralmente utilizam como caminho a BR-317, que faz ligação entre o Acre e Cobija, que fica na Bolívia, ou a BR-364, que conecta Cuiabá a Porto Quijarro.
Para quem sai de um local mais distante, a opção indicada é cruzar a fronteira por meio de voos comerciais, que partem de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Outra alternativa escolhida pelos turistas é cruzar a fronteira por meio de rios, como o Rio Paraguai, de Corumbá até Puerto Quijarro. Essa travessia permite conhecer ainda mais da fauna e flora local, com paisagens inesquecíveis durante o caminho.
Caso você tenha disposição, ou esteja hospedado em Corumbá, é possível atravessar a fronteira a pé!
O que você precisa saber antes de visitar a fronteira
Algumas informações e cuidados são imprescindíveis se você planeja visitar a fronteira Brasil-Bolívia. Separamos uma lista de algumas coisas que vale se atentar ao montar seu roteiro de viagem:
- Documentação: para entrar na Bolívia é preciso ter em mãos o passaporte ou RG com data de emissão menor que 10 anos. Outro ponto importante é ter um documento que comprove que suas vacinas estão em dia e um teste de Covid-19 negativo.
- Dinheiro: verifique as taxas de câmbio antes da viagem, além de garantir que está levando uma quantia suficiente para as atividades e atrações que deseja conhecer. Procure levar dinheiro na moeda boliviana em espécie, para compras e trocas do dia a dia e dinheiro em real para ser convertido.
- Segurança: na fronteira Brasil-Bolívia, assim como nas demais fronteiras, é preciso redobrar o cuidado em relação a objetos pessoais, documentos, eletrônicos, joias e demais pertences, para evitar golpes. A atenção deve ser ainda maior em áreas afastadas ou sem iluminação suficiente.
- Clima: fique de olho na previsão do tempo ao planejar sua viagem, principalmente uma semana antes de pegar estrada ou voo. Busque levar roupas frescas e adequadas para o clima quente e úmido do local, levando sempre conta as alterações e a estação do ano, já que a fronteira Brasil-Bolívia tem um clima tipicamente tropical.
- Idioma: como a língua oficial na Bolívia é o espanhol, é preciso ter algumas noções básicas do idioma para conseguir se comunicar no país com os moradores e vendedores, negociar preços e fazer compras.
- Transporte: para evitar transtornos, é preciso escolher um transporte confiável e se precisar deixar um acordo feito por escrito em caso de utilizar ônibus, táxis e vans de transição pela fronteira.
- Cultura: na fronteira Brasil-Bolívia é comum encontrar uma cultura típica, formada pelos costumes de ambos os países. Procure pesquisar um pouco sobre essa cultura antes de fazer sua viagem e lembre-se de respeitá-la, buscando aprender coisas novas com as pessoas que vivem na região.
5 coisas para fazer na fronteira Brasil - Bolívia
1. Conhecer as cidades da fronteira
As cidades fronteiriças do local oferecem diversas atividades e atrações voltadas para turistas. Em Corumbá, por exemplo, é possível conhecer muito da gastronomia pantaneira, biodiversidade e pontos turísticos como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, o Museu de História do Pantanal e passeios incríveis de barco pelo Rio Paraguai.
Conheça mais atrativos em O que fazer em Corumbá: cidade que carrega consigo a cultura do país.
Já em Puerto Quijarro, vale conhecer o Parque Ecológico, que conta com trilhas ecológicas. Na cidade também está o Mirador da Bolívia, com uma vista inesquecível para a cidade e o Rio Paraguai.
2. Explorar as belezas e cultura pantaneira
Observar a fauna e flora pantaneira, fazer passeios de barco ou a cavalo, trilhas ecológicas guiadas e conhecer as paisagens do Pantanal vistas em filmes e novelas, é uma das atividades favoritas de turistas que visitam a fronteira Brasil-Bolívia.
Vale destacar a diversidade de biomas e animais presentes na região, como os jacarés, peixes, capivaras, aves e onças.
3. Visitar o Forte de Coimbra
Na época das invasões espanholas na Bolívia, o Forte de Coimbra foi construído com a premissa de proteger o país. Hoje em dia o local foi restaurado e conta com um museu com exposições e detalhes que contam a história da fronteira.
Vale ressaltar que o local oferece mais uma vista exclusiva para o Rio Paraguai, que pode garantir lindas fotos para sua viagem!
4. Visitar e fazer compras no Mercado de Puerto Quijarro
Se você é daqueles turistas que amam umas compras durante a viagem, ao visitar a fronteira Brasil-Bolívia não pode deixar de conhecer o Mercado de Puerto Quijarro.
No local é possível encontrar artesanatos, eletrônicos, produtos alimentícios e uma imensa variedade de produtos. Além das compras, o mercado também representa muito da cultura da cidade e do país, que vale a pena conhecer.
5. Conhecer as Missões Jesuítas
Com o intuito de catequizar os índios que viviam próximos à região da fronteira, no século XVII foram construídas as Missões Jesuítas. As Missões ficam em sítios históricos na região para preservação e visitas turísticas.
Na Bolívia, as Missões Jesuítas de Chiquitos ficam em Santa Cruz, compreendendo um total de 6 missões para visitação.
Gastronomia na fronteira Brasil - Bolívia
Experimentar a culinária local também é uma atividade que não pode ficar de fora da sua viagem à fronteira Brasil-Bolívia. A gastronomia da região é um mix de influências e culturas, desde indígenas até africanas e espanholas.
Listamos alguns dos principais pratos que vale a pena provar em sua visita. Confira!
- Caribéu: ensopado típico dos Índios Terenas, leva carne de cervo com mandioca, abóbora, batata-doce, vegetais e especiarias. Esse prato é ideal para quem busca um sabor bem cultural e diferenciado.
- Pacumê: uma receita bem presente na região da fronteira e com sabor típico do Pantanal, por conter ingredientes como peixe pacú ou dourado, mandioca cozida, pimenta e leite de coco.
- Chipa: é muito conhecida e facilmente encontrada na fronteira Brasil-Bolívia. A receita é bem parecida com o pão de queijo paraguaio, feito com massa de mandioca e o próprio queijo. Vale provar no café da manhã ou tarde!
- Sopa Paraguaia: se você pensou em sopa típica, deve saber que a Sopa Paraguaia se trata de um bolo salgado de milho, queijo e cebola. Muitas vezes é usado para acompanhar outras receitas tradicionais como o churrasco.
- Churrasco: os churrascos na região fronteiriça são bem variados, podendo ser feito com a tradicional carne de boi, frango, porco ou até mesmo carne de jacaré. Essa é uma opção facilmente escolhida por turistas pela qualidade dos assados e acompanhamentos, como arroz, feijão, mandioca e salada.
- Empanadas Salteña: as empanadas bolivianas e paraguaias são famosas na fronteira, além de ser um prato popular em toda América Latina, sendo que cada país tem sua forma de preparo e ingredientes específicos. Todavia, na fronteira Brasil-Bolívia, essa receita é feita com massa de trigo e recheios de carne, frango, vegetais e queijo.
Hospedagem em Corumbá próxima à fronteira
Se depois desse texto, cruzar a fronteira Brasil-Bolívia se tornou uma das suas próximas opções de viagem, garanta uma hospedagem com conforto, segurança e proximidade à fronteira e todos os pontos turísticos do local.
O Candeias Gold Fish fica na cidade de Corumbá (MS), e oferece uma infraestrutura completa aos hóspedes: localização privilegiada, piscina, estacionamento, ar-condicionado, sala de jogos e uma vista exclusiva para o Rio Paraguai.
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